quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cursos de 120 horas à distância - EAD

Queridos bloggeiros,

Ofereço-lhes cursos de alta qualidade na modalidade à distância com carga horária de 120h. Estes cursos são certificados e validados para concursos e plano de carreira.

Os temas disponíveis para início imediato são:
Tratamento de Feridas,
Biossegurança e Infecção Hospitalar,
Saúde da Mulher e Saúde da Criança,
Saúde do Adulto e do Idoso,
Atendimento pré-hospitalar (PHTLS/APH),
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS)

Matrícula:
Entre em contato pelo telefone 027-88640106 ou 027-30901606, ou pelo e-mail: luborlotte@gmail.com

Investimento:
R$ 140,00 (você receberá todo o material via e-mail), incluindo apostilas, apresentação em ppt e links de vídeos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Cuide de sua Pele – Ela faz muito por você

A pele é o maior órgão do corpo humano. Recobre o corpo protegendo-o da perda excessiva de água, do atrito, dos raios nocivos do sol entre outros benefícios.

Também recebe estímulos do ambiente e colabora com a regulação térmica.

Ao visualizarmos a pele com o auxílio de um microscópio, observamos três camadas distintas e são elas: epiderme, derme e hipoderme.

A epiderme é a camada mais superficial, e é formada por cinco extratos, sendo que um deles, o mais externo que fica em contato com o meio ambiente e chama-se extrato córneo, é rico em queratina, uma proteína que confere impermeabilidade e resistência à pele.

A derme é a camada intermediária, é a mais diversificada em termos de estruturas. É na derme que se localizam os vasos sanguíneos que irrigam a epiderme e também os nervos e os órgãos sensoriais que nos permitem perceber sensações como frio, calor, dor e pressão.

A hipoderme é a camada mais profunda, e em geral não é considerada como camada da pele, pois é formada por tecido subcutâneo, ou seja, por gordura. Funciona como isolante térmico nos protegendo contra o frio.

A pele é um órgão que tem função de defesa já que a mesma nos protege contra a perda ou entrada de excessiva de água; funciona como isolante térmico contra frio e calor; protege contra o ressecamento de órgãos internos e também forma uma barreira contra microorganismos patogênicos (germes causadores de doenças).

Através da transpiração, da vasodilatação e também da vasoconstricção a pele regula a temperatura corporal, isso é chamado de termorregulação. São poucos os animais que mantém a temperatura corpórea estável, entre eles incluem-se os mamíferos, no qual nós humanos fazemos parte, mas isso só é possível devido ao tipo de pele que possuímos.

As sensações são percebidas pela pele através de pequenos “nós” de nervos chamados de sensores, são eles:

· Corpúsculo de Vater-Pacini, sensíveis à pressão.

· Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de frequência diferente.

· Corpúsculo de Krause, sensíveis ao frio.

· Orgão de Ruffini, sensíveis ao calor.

· Célula de Merckel, sensíveis ao tato e pressão.

· Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.

· Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.

O Metabolismo é o conjunto das diversas reações químicas que ocorrem no corpo, algumas dessas reações ocorrem por intermédio da pele como a síntese de vitamina D, a excreção de água e eletrólitos, a secreção de suor e do sebo.

A pele também é responsável pela comunicação e identificação do estado emocional através da imagem corporal, da palidez ou rubor facial.

No entanto, alguns fatores interferem na integridade da pele e são eles: a idade, o estado nutricional, a vascularização, a exposição ao sol, as condições sistêmicas, fatores mecânicos, o uso de certos medicamentos.

À medida que a idade avança ocorre uma série de alterações, a pele fica mais fina, as reações metabólicas ficam mais lentas, a circulação sanguínea fica comprometida o sistema imunológico (de defesa) já não é tão eficaz. Todas essas mudanças contribuem para surgimento de lesões na pele.

Vários nutrientes estão diretamente relacionados com o processo de cicatrização e com a integridade da pele. Necessitamos de proteínas para reparação do pele lesada; a energia proveniente dos carboidratos aceleram a cicatrização, os lipídeos (gorduras) fazem parte das membranas biológicas de todas as células do corpo, inclusive da pele; as vitaminas A, C e E, são antioxidantes impedindo o envelhecimento precoce, os sais minerais regulam a hidratação da pele.

A necessidade de oxigênio é vital às células, e a perfusão tissular (a boa circulação de sangue em todas as partes do corpo) é condição essencial para a manutenção da integridade da pele bem como para o processo de cicatrização.

A exposição excessiva ao sol, nos horários impróprios e sem uso de protetores solares, causa queimaduras de 1º e 2º graus; altera o DNA celular, endurece as fibras elásticas e causa inclusive a formação de câncer de pele.

A instalação de doenças preexistentes como insuficiência renal, comprometimentos imunológicos, bem como as doenças vasculares periféricas arteriais e venosas comprometem a integridade da pele e a cicatrização das feridas, principalmente se não estão controladas. O estado psicológico do cliente também interfere no processo de cicatrização, tais como o estresse, a ansiedade e a depressão.

As medicações usadas para o tratamento de diversas patologias alteram as características da pele, tais como os quimioterápicos, os radioterápicos, os antiinflamatórios, e os esteróides. Vale lembrar-se da capacidade de absorção da pele, produtos tóxicos podem desenvolver reações na pele.

Além do mais a pressão, a tração, a fricção, a maceração e o cisalhamento são forças mecânicas que podem contribuir para romper a integridade da pele, e estão diretamente relacionadas com o aparecimento das úlceras de decúbito (escaras).

Por isso tudo cuidar da pele é essencial para aquele que deseja ter uma vida saudável.

Para saber mais: http://www.sbd.org.br/publico/temas/pele.aspx

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DIABETES MELLITUS

Diabetes mellitus é um nome comum a algumas doenças bastante conhecidas pelo público em geral, entre elas o Diabetes tipo 1, o Diabetes tipo 2 e o Diabetes gestacional. Este grupo de doenças caracteriza-se por um distúrbio do metabolismo, ou seja, um "erro" nas reações químicas vitais.

O nosso corpo possui uma infinidade de glândulas, todas com a função de produzir e secretar algum produto final. Dentre elas encontramos algumas chamadas glândulas exócrinas, que secretam seus produtos no meio externo, por exemplo, as glândulas lacrimais que produzem e secretam as lágrimas e as glândulas sudoríparas responsáveis pela formação e excreção do suor.

Mas há um grupo de glândulas especiais que são classificadas como glândulas endócrinas, ou seja, sua produção não é secretada no meio externo e sim na corrente sanguínea, de onde irá agir em alvos precisos. As substâncias produzidas por esse tipo de glândulas (endócrinas) são geralmente chamadas de hormônios.

Uma dessas glândulas é a chave para entendermos mais sobre o Diabetes, trata-se do pâncreas, glândula muito importante do Sistema Endócrino, pois produz várias substâncias que atuam em reações metabólicas preciosas para o equilíbrio dinâmico do organismo, a homeostasia.

O pâncreas localiza-se bem próximo ao fígado e é a maior glândula endócrina do corpo, seus produtos que merecem destaque são o Glucagon e a Insulina, ambos hormônios. O Diabetes caracteriza-se pela incapacidade total ou parcial do pâncreas em produzir o hormônio Insulina. Como a Insulina é o hormônio responsável em carrear a glicose (açúcar) do sangue para armazenar nos tecidos, principalmente fígado e músculos, a sua diminuição ou até mesmo a sua ausência ocasiona um aumento dos níveis de glicemia (açúcar no sangue).

E a partir dessa explicação alguns podem concluir que, para que o Diabetes não evolua é só não comer açúcar, mas não é bem assim que acontece.

Na dieta do dia-a-dia obtemos vários alimentos que serão transformados em glicose através de reações químicas, são os alimentos ricos em carboidratos (pães, massas, arroz e muitos outros). O organismo faz essa transformação química (metabolismo) para poder funcionar de forma adequada, já que as moléculas de glicose serão transformadas em energia que será o combustível das reações vitais.

Essa transformação ocorre através da digestão. O alimento ingerido sofre a ação de enzimas, que são substâncias químicas capazes de acelerar as reações de catabolismo (quebra das substâncias químicas) e transformar o carboidrato, que é uma molécula "gigante", em glicose que é uma molécula bem pequena, assim ela será absorvida e encaminhada até a corrente sanguínea de onde será transportada pela Insulina até as células do corpo para serem armazenadas e depois transformadas em energia.

A absorção da glicose ocorre no intestino delgado. A glicose após ser absorvida e transportada para a corrente sanguínea. Ao chegar na corrente sanguínea a glicose manda um sinal químico para o pâncreas que começa a secretar insulina. A função da Insulina é transportar a glicose do sangue para os órgãos, principalmente fígado e músculos, onde ficará armazenada até a sua utilização. O excesso de glicose na corrente sanguínea, implica em falta desta nos demais órgãos que não terão a energia necessária para as suas reações vitais. Além do mais o excesso de glicose no sangue pode torná-lo viscoso ("grosso") e por isso mais propenso a coagulações.

DIAGNÓSTICO

Para investigar se a pessoa tem diabetes deve-se colher sangue após jejum de 8 horas para dosar o nível de açúcar no sangue. Atualmente se preconiza um valor normal de glicemia de jejum entre 60 a 100mg/dl. Caso o valor for superior a 100 mg/dl deverá ser feito uma abordagem mais criteriosa, a fim de confirmar o diagnóstico de Diabetes, e outros exames serão solicitados.

FATORES DE RISCO PARA O DIABETES MELLITUS:

* Idade igual ou superior a 45 anos;

* História familiar de Diabetes Mellitus (pais, filhos e irmãos);

* Sedentarismo;

* Taxa de HDL-c ("bom" colesterol) baixa ou de triglicérideos elevada;

* Hipertensão Arterial;

* Diabetes Mellitus gestacional prévio;

* Excesso de peso (Índice de Massa Corporal - IMC igual ou maior a 25);

Para se calcular o IMC:

PESO

____________________________ = VALOR MENOR QUE 25 (IDEAL)

ALTURA X ALTURA

PREVENÇÃO

A causa do Diabetes é em geral, genética, ou seja, herdamos de nossos pais ou avós ou bisavós, a possibilidade de desenvolver a doença. Mas mesmo com a herança genética do Diabetes presente, um indivíduo poderá passar a vida inteira sem desenvolvê-la. Combatendo os erros alimentares e o sedentarismo é possível retardar e até prevenir o diabetes tipo 2.

A Dieta recomendada ao diabético é a mesma indicada a qualquer pessoa que deseja uma vida saudável, por isso é um erro chama-la de dieta do diabético, a nomenclatura adequada é a dieta da vida saudável.

Esta dieta deve ser hipocalórica, ou seja, com um total de calorias, apenas necessárias ao gasto energético. E deve ter restrição de carboidratos, isso implica em selecionar apenas um grupo deste alimento em cada refeição (nunca arroz, macarrão e pães na mesma refeição). Mas, para saber mais detalhes sobre o quanto é necessário e o que selecionar para consumir diariamente, consulte um profissional Nutricionista, ele certamente irá orienta-lo da forma mais adequada.

No caso especial dos diabéticos esta dieta é obrigatoriamente isenta de açúcar que deverá ser substituída por um adoçante artificial. É importante lembrar que a escolha do adoçante também deve ser orientada por um profissional de saúde (Enfermeiro, Médico ou Nutricionista), pois, hipertensos tem restrições a certos adoçantes artificiais que contém sódio (Na+) na fórmula. Os adoçantes naturais contêm frutose que é similar à glicose, por isso NÃO devem ser indicados aos diabéticos.

Outras atitudes em relação ao estilo de vida podem melhorar e muito a qualidade de vida do diabético e evitar que esta doença surja naqueles que possuem alguma propensão.

Entre elas destacamos:

* A prática de exercícios físicos regulamente. Mas antes de iniciar devemos passar por avaliação cardiológica e todo exercício deverá ser realizado sob orientação de um profissional Educador Físico;

* Parar de fumar;

* Emagrecer caso o IMC esteja superior a 25;

* Controlar a Pressão Arterial.

Para saber mais visite o site: www.luborlotte.xpg.com.br
Profª Enfª Luciene Freitas Lemos Borlotte
Especialista em Educação Profissional
Nurse Care Center - Consultoria e Treinamentos

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Primeiros Socorros. Conhecendo para poder agir com segurança – Luciene F L Borlotte

O conhecimento se tornou a mola propulsora da sociedade moderna. E são várias as ferramentas a qual podemos lançar mão para obtermos informações daquilo a qual procuramos nos aprofundar em conhecer.

Mas apesar das variadas formas de aprendizado, temos que ter em mente que é de primordial importância de que nos certifiquemos de que tais informações são seguras e confiáveis.

Por exemplo quando se trata de informações relacionadas à prevenção ou tratamento de alguma doença ou mal súbito, pois são informações que se dadas incompletas, ou até mesmo sem procedência científica pode levar a conseqüências desastrosas.

Por isso, um tema que merece bastante atenção e que todos inclusive crianças e idosos deveriam esforça-se para obter o máximo de informação possível, são aqueles relacionados às noções de primeiros socorros, ou como é chamado no meio acadêmico, o suporte básico de vida (SBV).

É fato que se a população fosse informada de como agir, não só em relação à abordagem da vitima, mas também sobre o conhecimento legal que implica um atendimento de socorro, poderíamos diminuir uma triste estatística brasileira que constata que "as principais causas de mortalidade na população jovem, são acidentes, envenenamentos e violência..." (MS, 2007)

O Código Penal Brasileiro em seu Art. 135, traduz o que vem a ser a omissão de socorro: "Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,..., ou não pedir,..., o socorro da autoridade pública".

É bom esclarecer que prestar a assistência ao vitimado não se configura apenas em fazer manobras de reanimação cardíaca, aplicar técnicas de imobilização cervical, ou qualquer outra situação que só de ouvir falar nos parece extremamente complicado. Mas sim, saber a quem e como recorrer em caso de necessidade.

O socorro especializado é o recurso adequado às situações de perigo, e para que seja eficaz, deve chegar ao local do acontecimento em tempo hábil. Para isso ao nos deparamos com alguma situação com vitimas devemos imediatamente discar para os números 192, que corresponde ao Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e detalharmos o acontecido, para que possam ser tomadas as devidas providências.

Em locais onde não se dispõe este serviço o número a ser discado é o 193, do Corpo de Bombeiros, ou 190 da Polícia Militar. (Esta ligação não é cobrada, e pode ser feita de qualquer tipo de aparelho telefônico).

No entanto, existem diversas condições onde o cidadão comum, mesmo sendo leigo, poderá atuar até que o socorro especializado chegue ao local do acontecimento, ou até mesmo sanar o mal sem a necessidade de socorro adicional.

As condições em que a pessoa leiga poderá agir enquanto aguarda a chegada da ambulância incluem: queimaduras, desmaios, crise convulsiva, entre outros.

Neste artigo saiba mais sobre queimaduras, informações seguras, com embasamento científico que poderão fazer a diferença para se obter sucesso na abordagem das vitimas.

Queimaduras - Classificação
Queimaduras são lesões na pele ou mucosas, resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.

De acordo com a profundidade que essa lesão agride os tecidos (pele e mucosas), as queimaduras serão classificadas em queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau.

A queimadura de primeiro grau é aquela que atinge a camada mais superficial da pele chamada de epiderme. Esta queimadura não provoca alterações na circulação sanguínea, mas a região atingida fica avermelhada. É bastante comum após a exposição solar sem o uso de protetores ou filtros; é a famosa "marquinha vermelha de sol".

A queimadura de segundo grau atinge a epiderme e parcialmente a derme (esta camada está logo abaixo da epiderme e é a camada da pele onde se encontram muitas estruturas importantes). Ou seja, ela é mais profunda que a queimadura de primeiro grau e sua característica principal é a presença de bolhas. É comum em acidentes com água ou outro líquido superaquecido.

A queimadura de terceiro grau é aquela que acomete a totalidade das camadas da pele (epiderme e derme) e algumas vezes, estruturas mais profunda ainda, como o tecido subcutâneo (gordura) e também os músculos. Esta queimadura tem aspecto esbranquiçado ou marmóreo, com o endurecimento da pele. Por atingir camadas tão "nobres" não há capacidade de regeneração de forma natural sendo necessário a enxertia (técnica cirúrgica de aplicação de retalhos de pele, geralmente da própria vítima, no local da queimadura para estimular a proliferação de novas células). Essas queimaduras são comuns em acidentes com eletricidade.

Em se tratando de atendimento a vítima de queimaduras a classificação quanto à profundidade não é o suficiente para determinar, pois a vítima ainda deverá ser avaliada por profissional de saúde a fim de se determinar a Superfície Corpórea Queimada (SCQ), pois para o atendimento de acidentes por queimaduras é bom que primeiramente se esclareça que o tratamento domiciliar restringe-se à vitima de pequenas áreas queimadas, queimaduras extensas exigem acompanhamento hospitalar, devido aos riscos que elas oferecem, incluído risco de morte.

Tratamento Domiciliar da Queimadura
As lesões causadas por queimaduras são extremamente dolorosas. E devido a esse quadro de desconforto, que na ocorrência de queimaduras, as pessoas utilizam uma infinidade de produtos presente nas dispensas de casa, tais como borra de café, creme dental, clara de ovo, e tantos outros ungüentos, a fim de obter alívio da dor.

Mas tais produtos são extremamente irritantes ao tecido queimado, podendo ser até mesmo a porta de entrada de uma infecção nesta queimadura.

A orientação correta é não passar nada, apenas lavar o local com água corrente e fria. Em caso de queimaduras de segundo grau, onde há formação de bolhas a orientação, em domicílio, é que se evite romper a bolha, pois está é uma barreira natural contra a invasão de germes.

No tratamento especializado, a primeira conduta, será a remoção destes "remédios caseiros" que foram inadequadamente utilizados. A remoção destes produtos causam muita dor. As bolhas serão rompidas, agora em local apropriado, com instrumental esterilizado (isento de germes) e será utilizado uma cobertura (produto da indústria farmacêutica) que funcionará como película protetora.

Este produto constitui-se de um creme que pode ser utilizado em domicílio. É o creme de Sulfadiazina de prata a 1,00 %, mas este medicamento possui restrição para um pequeno grupo de pessoas que são alérgicas à sulfa, por isso só poderá ser usado conforme prescrição médica. Trata-se de um medicamento de baixo custo, que é usado aplicando-se uma fina camada sobre a lesão.

Então o que podemos concluir nestes esclarecimentos é que de maneira geral as queimaduras de primeiro grau podem ser tratadas com a aplicação de recomendações simples e evoluem satisfatoriamente. As queimaduras mais profundas (segundo e terceiro grau) freqüentemente necessitam de avaliação de profissional especializado, pois será necessário avaliar além da profundidade da lesão a SCQ, ou seja, a Superfície Corpórea Queimada, e assim será determinado o tipo de tratamento, se domiciliar, ambulatorial ou até mesmo hospitalar.


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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Artigo Sobre Anemias na Infância

Anemias na Infância

Por: Luciene Freitas Lemos Borlotte


Introdução:

A Saúde da Criança é um dos principais pontos de preocupação dos profissionais que trabalham com Educação em Saúde.

E uma das condições que merece bastante atenção, devido a sua prevalência nos grupos infantis, são as anemias.

Essas enfermidades são comuns por conta das circunstâncias sócio-econômicas de nosso país, que expõe a nossa população juvenil a diversos fatores desencadeadores de anemia, como verminoses e carências alimentares.

Definição:

Para início de conversa é bom lembrarmos que a palavra anemia vem do grego e significa carência ou privação de sangue.

O sangue é um produto heterogêneo, ou seja, é composto por vários itens. E são eles:

· O plasma que corresponde à parte líquida do sangue. E é formado por água e proteínas.

· E as células (eritrócitos, leucócitos e trombócitos), que correspondem à parte sólida do sangue.

No caso específico das anemias, o componente que se encontra com alguma alteração (redução dos valores de referência) é o eritrócito, hemácia ou simplesmente glóbulo vermelho. E/ou a hemoglobina uma proteína de transporte que confere ao eritrócito a capacidade de carrear os gases respiratórios dos pulmões a diversas partes do corpo e vice-versa.

Sintomatologia:

Quando uma criança, ou até mesmo um adulto, encontra-se com anemia apresenta uma sintomatologia clássica, a falta de energia.

Os profissionais de Saúde e de Educação que trabalham com crianças podem ouvir o seguinte comentário de algumas mães:

“_ Esse menino anda muito sem ânimo, deve estar com anemia.”

O conhecimento popular que o portador de anemia não possui energia para realizar as tarefas diárias é explicado a partir da fisiopatologia da doença.

Para que o corpo metabolize a Adenosina Trifostato (ATP), molécula ricamente energética, são necessárias reações químicas de oxidação.

Se houver uma baixa disponibilidade de oxigênio circulante, a produção de energia será afetada, conseqüentemente a sintomatologia clássica poderá ser notada até mesmo por um leigo.

Por isso, a fadiga, a fraqueza e a tontura são sintomas comuns a todos os tipos de anemias.

Entretanto, na circulação sanguínea do portador de anemia falciforme, poderá ocorrer a formação de trombos, pequenos aglutinamentos de eritrócitos que impedem o fluxo adequado de sangue aos diversos órgãos do organismo, propiciando o surgimento de situações gravíssimas como o Acidente Vascular Encefálico (AVE) e também o Infarto do Miocárdio.

Causas mais Freqüente:

A anemia pode ser causada por um sangramento excessivo, por carências alimentares (mineral ferro, vitaminas do complexo B), devido a um aumento dos processos de hemólise (eritroblastose fetal), por verminoses (ancilostomose) e até mesmo por um problema de absorção intestinal (doença de Crohn). Mas há ainda aquelas que são hereditárias como é o caso da anemia falciforme e da talassemia.

Tipos de Anemias:

São muitas as formas clínicas dessa enfermidade, no entanto, as mais comuns são:

· Anemia Ferropriva: causada por deficiência de ferro. Pode surgir devido a verminoses, alimentação pobre em mineral ferro, doenças intestinais.

· Anemia Perniciosa: causada pela deficiência de vitamina B12. O nosso organismo é capaz de sintetizar tal vitamina, no entanto algumas situações podem levar a uma diminuição dessa síntese. No adulto a principal causa de anemia perniciosa é a ingestão abusiva de álcool. Em crianças comumente relaciona-se com doenças que impedem a absorção intestinal adequada.

· Anemia Falciforme: é a principal doença hereditária das populações afro-descendentes. Caracteriza-se por existir no portador uma deficiência na formação de Hemoglobinas do tipo A, que é a Hemoglobina funcional. O indivíduo falcêmico, possui um outro tipo de hemoglobina denominada Hemoglobina S, que em situação de baixa oxigenação muda sua consistência para uma forma gelatinosa, mudando com isso a conformação do eritrócito. Este assume uma forma de foice, diferente da forma globosa habitual. Esta forma afoiçada da célula vermelha facilita seu aglutinamento nos capilares (vasos sanguíneos bem fininhos) causando obstrução da circulação e muita dor (crise falcêmica).

Diagnóstico:

A principal forma de confirmar a anemia, além da observação dos sinais clínicos, são os exames laboratoriais. O eritrograma, que também é conhecido como hemograma simples, possibilita a determinação do hematócrito, que é a proporção entre a parte sólida do sangue e sua parte líquida (plasma). Por este exame também se determina a quantidade de hemoglobina que é a principal proteína de composição do eritrócito.

Como o ferro é o principal componente da hemoglobina a dosagem de transferrina pode ser útil. Essa proteína sérica carreia o íon ferro para que seja metabolizado no intestino e faça parte da hemoglobina. Logo, se menos de 10% da transferrina encontra-se saturada com o ferro, é bem provável que haja deficiência deste íon.

Mas é a ferritina, uma proteína hepática, que é a principal fonte de reserva do íon ferro, por isso uma baixa concentração da mesma indica deficiência de ferro.

Para as anemias hereditárias são realizados testes específicos, dentre eles o mais importante e que merece especial ênfase é a Triagem Neonatal, ou como é conhecido popularmente o “Teste do Pezinho”.

A partir desse exame, se detecta de forma precoce e eficaz uma das anemias mais importantes em termos de conseqüências desastrosas, a anemia falciforme, mas também este teste pode ser usado para detectar várias outras hemoglobinopatias hereditárias.

Tratamento:

Para o tratamento das anemias deve-se primeiramente determinar a causa. Após esse passo o profissional de saúde habilitado estará apto a escolher o tratamento que melhor se adeque as necessidades de cada tipo de anemia.

Entretanto a suplementação de ferro é a forma mais comum de tratamento dessa enfermidade.

Aulas e Palestras

Aulas e Palestras
Sala cheia e platéia satisfeita... isso não tem preço!